terça-feira, 7 de julho de 2009

PADRÃO - OURO

Padrão - ouro
O padrão-ouro foi o sistema monetário cuja primeira fase vigorou desde o século XIX até a
Primeira Guerra Mundial. A teoria pioneira do padrão-ouro, chamada de teoria quantitativa
da moeda, foi elaborada por David Hume em 1752, sob o nome de “modelo de fluxo de
moedas metálicas” e destacava as relações entre moeda e níveis de preço (base de
fenômenos da inflação e deflação).
Cada banco era obrigado a converter as notas bancárias por ele emitida em ouro (ou prata),
sempre que solicitado pelo cliente. A introdução de notas bancárias sem esse lastro, causou
escândalos na França. Com o padrão-ouro, utilizado principalmente pela Inglaterra, o
sistema conseguiu estabilidade e permaneceu até o término da I Guerra Mundial. Em
alguns paises periféricos, o sistema não foi adotado por se achar que a presença desses
países e seus problemas de financiamento, desestabilizariam o sistema. Dessa forma, a
circulação de papéis-moeda foi feita pelo chamado sistema de "curso forçado". No Brasil, o
sistema foi adotado imperfeitamente, durante o Segundo Reinado e no início da República
Velha ( Governo Campos Salles )
Durante a Primeira Guerra Mundial, a maioria dos países abandonou o padrão-ouro,
principalmente devido às expansões monetárias e fiscais realizadas por eles durante a
guerra, as quais desequilibraram enormemente o comércio internacional.
Em uma segunda fase, o sistema consistia, basicamente, na adoção, por parte das
instituições financeiras de cada país que aderisse ao arranjo, de um preço fixo de sua
moeda em relação ao ouro, e da conversabilidade ouro ao dólar. Desse modo, as
autoridades deveriam exigir dos bancos e demais instituições monetárias que negociassem
seus passivos respeitando esse preço fixo em relação ao ouro, como forma de estabilizar a
economia.
Em termos internacionais, o padrão-ouro significou a adoção de um regime cambial fixo por
parte de praticamente todos os grandes países comerciais de sua época. Cada país se
comprometeu em fixar o valor de sua moeda em relação a uma quantidade específica de
ouro, e a realizar políticas monetárias, de compra e venda de ouro, de modo a preservar tal
paridade definida.
Operando no regime de padrão-ouro, o banco central de cada país mantém grande parte de
seus ativos de reserva internacional sob a forma de ouro. As diferenças entre as reservas de
ouro sob a propriedade de cada país refletia, portanto, as suas necessidades comerciais.
Pois, nesse padrão, os fluxos de ouro financiavam os desequilíbrios nas balanças de
pagamentos de cada país. Se um país fosse deficitário em sua balança de pagamentos, isto
é, se a soma de bens e serviços importados do exterior fosse superior à soma de bens e
serviços exportados ao mesmo, o país deveria corrigir o déficit exportando ouro. Os países
superavitários, por sua vez, tornavam-se importadores de ouro.
As “regras do jogo” prevalecentes no sistema de padrão-ouro eram simples: a quantidade
de reservas de ouro do país determinava, portanto, a sua oferta monetária. Se um país fosse
superavitário em sua balança de pagamentos, deveria importar ouro dos países deficitários.
Padrão- ouro 2
Isso elevaria sua oferta interna de moeda, levando a uma expansão da base monetária, o
que provocaria um aumento de preços que, no final das contas, tiraria competitividade de
seus produtos nos mercados internacionais, freando assim, novos superávits. Já se o país
fosse deficitário na balança comercial, exportaria ouro, sofreria contração monetária, seus
preços internos baixariam e, no final das contas, aumentaria a competitividade de seus
produtos no exterior.
Em resumo, o padrão-ouro visava uma situação de equilíbrio na economia internacional de
modo que cada país mantivesse uma base monetária consistente com a paridade cambial,
mantendo assim uma balança comercial equilibrada.
A segunda fase do padrão-ouro, o padrão ouro-dólar, que se baseava no acordo de Bretton
Woods, terminou quando os EUA abandonaram o acordado no início dos anos 70, por causa
das necessidades de financiamento crescentes causadas pela Guerra do Vietnã. Nesse
período o padrão-ouro-dólar também não pode ser seguido pelo Brasil e outros países
similares, que adotaram formas de cunho forçado e alternativas como crawling peg, etc.
Terminologia do padrão ouro
• gold-stand(br.: padrão-espécie): modalidade de conversão de papel-moeda em ouro
amoedado;
• bullion-standard(br.: padrão-barra): a conversão é para ouro em barra.
• gold-exchange standard (br.:padrão-de-câmbio-ouro ou padrão-divisas):conversão em
divisas para o comércio internacional.
Referências
[1] http:/ / www. google. com/ search?& as_eq=wikipedia& as_epq=Padr%C3%A3o-ouro
[2] http:/ / news. google. com/ archivesearch?& as_src=-newswire+ -wire+ -presswire+ -PR+ -press+ -release&
as_epq=Padr%C3%A3o-ouro
[3] http:/ / books. google. com/ books?& as_brr=0& as_epq=Padr%C3%A3o-ouro
[4] http:/ / scholar. google. com/ scholar?as_epq=Padr%C3%A3o-ouro
[5] http:/ / www. scirus. com/ srsapp/ search?q=Padr%C3%A3o-ouro& t=all& sort=0& g=s
Fontes e editores do artigo 3
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Padrão- ouro Source: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=15851769 Contributors: Al Lemos, Arthemius x, Astratone, Brizolão, LeonardoRob0t,
Leslie, MarceloB, Mário Henrique, Ricardo Martini, SallesNeto BR, 4 edições anónimas
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